sábado, 10 de setembro de 2011

Contos Esquecidos de Forgotten Realms - II

Então, continuando a épica aventura de Elle, Nexus e Ariel.

- Me solta, eu já disse que foi ele quem começou! - Elle gritava enquanto era levada pelo exército até a prisão.

- Não importa quem começou, a senhorita causou danos ao estabelecimento. E não se preocupe, seus amigos também vão. - retrucou Lord Thiombar, o governante do povoado.

- Eu acho que eu preciso de ajuda médica. - Rafael parecia não suportar a dor de uma simples adaga.

- Haha, é uma moça esse rapaz. - Zombava Elle. - E você, Ariel, tens o meu desprezo. Jamais fui para a prisão. Tudo isso é culpa sua.

- MINHA? CALMA MOÇA, EU NÃO FIZ NAD...

- Ariel, eu posso estar sob custódia do exército, mas eu ainda posso lhe executar com um único movimento. - Nexus disse, friamente.

- L... LORD THIOMBAR, POR FAVOR ME DEIXE LONGE DELE

- Sinto muito, garoto. Tudo isso é culpa sua, arque com as consequências.

A prisão de Dhedluk era realmente pequena. Ao olhar de fora, aparentava ser um barraco habitado pela a camada mais afetada da sociedade. A porta era de madeira tosca, cheia de lascas. Já a parede consistia de pedras judiadas pelo tempo, embora ainda fossem resistentes. No lado de dentro, apenas uma cela os aguardava.

- Chegamos à estalagem dos senhores.

- I.. Isso? - Elle não se conformava.

- Sim, vais passar a noite aqui juntamente com seus companheiros. Aliás, está expressamente proibido assassinar qualquer um dentro da prisão. - Thiombar gargalhou - HAHAHA, eu sou hilário. Mas é sério, eu vou executar quem o fizer. Então comportem-se.
Os três entraram na cela cheirando a medo. Thiombar podia ser assustador, embora fosse gentil.

- Ei... Meu ombro. - Nexus ainda se contorcia de dor.

- Por Mystra, você é um inútil mesmo. Venha cá.

- Ahm. - O mago estava receoso, mas foi ao encontro de Thiombar.

O Lord colocou a mão em seu ombro, fechou os olhos e recitou as seguintes palavras:

- Mystra, faça com que todos os ferimentos desse homem desapareçam. Curar ferimentos graves.

De súbito, a perfuração feita pela adaga fechou-se rapidamente a ponto da arma ser expelida de seu ombro.

- Pronto, agora pare de reclamar e vá para sua cela.

Nexus estava pasmo. Ele, um poderoso mago, era incapaz de realizar tal proeza.

- Agora, se não se importam, eu tenho que ir para Suzail. Volto amanhã. Boa noite, amiguinhos. - Thiombar saiu gargalhando juntamente com o exército que escoltou os três aventureiros da taverna púrpura. Ariel sentia duas presenças malignas próximas à ele. Presenças que desejavam sua morte imediata.

- Ei, gente. Se alegrem, amanhã a gente sai. - Um sorriso falho foi esboçado pelo halfling.

- Não fale comigo, eu vou dormir. - Rafael deitou no canto mais afastado possível.

- Então, Elle, deixe-me terminar de contar a história da Espinha do Dragão e...

- Não perca seu tempo, eu também vou dormir. - Elle foi para o outro extremo da cela, deixando Ariel isolado no meio.

- É, eu mereci. - Suspirou. - Boa noite. - Deitou.

Horas se passam. Era uma noite calma, silenciosa, típica de Dhedluk.

Um grito estridente ecoou por toda a cidade. E depois outro. E outro. Grunhidos começaram a se espalhar por todo o vilarejo. Passos e mais passos. O som do fogo queimando e destruindo tudo ao seu redor.

Ariel levantou-se prontamente, assustado.

- EI, ACORDEM - Gritava.

- Já estamos acordados, Ariel. - Elle respondeu seriamente.

Nexus e Keshnir estavam de pé em frente ao portão, procurando uma maneira de escapar.

- Você dormiu demais, inútil. - Nexus estava de olhos fechados, concentrando-se.

- Ei, ei. Rafael, o que pretende?

- Calado, você está me atrapalhando. - Rafael respirou fundo mais uma vez. - Que meu corpo torne-se gás. Forma gasosa.

E assim o corpo de Rafael assumiu a forma gasosa e passou facilmente pelas barras da cela, voltando ao normal ao chegar ao outro lado.

- Pronto, vou pegar as chaves. - Nexus deslocou-se cerca de dois metros até uma parede, onde as chaves estavam penduradas. Abriu a cela.

- Elle, podemos deixar essa criatura presa?

- Não, Nexus, podemos precisar dele.

- É bom saber que vocês me amam. O que diabos está acontecendo lá fora? - Ariel parecia ligeiramente perturbado.

- A cidade está sendo atacada. Acho que aproveitaram a ausência de Thiombar, não parece haver ninguém mais forte que ele por aqui. - Keshnir explicou. - Mas precisamos sair daqui o mais rápido possível se não quisermos morrer.

- Vamos. - Nexus abriu a tosca porta de madeira e deparou-se com a cena mais horrenda que ja vira em sua vida.

A cidade ardia em chamas. Pessoas eram arrastadas pelos cabelos por criaturas esverdeadas e horrendas. Cadaveres forravam a cidade. Ele pressentia que aquela noite estava apenas começando.

Um comentário:

Duarte disse...

Tá ficando interessante :D

Estou adorando o enredo, continue assim ;)

Só utilize mais da narrativa nos capítulos... Algumas vezes você narra o que está acontecendo através de diálogos... :)

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